O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira (1º) que os entendimentos alcançados durante a cúpula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em agosto, abrem caminho para uma solução para a crise na Ucrânia.
“Nesse sentido, apreciamos muito os esforços e propostas da China e da Índia visando facilitar a resolução da crise ucraniana”, disse Putin no fórum da Organização de Cooperação de Xangai, na cidade Tianjin.
“Gostaria também de destacar que os entendimentos alcançados na recente reunião Rússia-EUA no Alasca, espero, também contribuem para esse objetivo.”
O líder do Kremlin encontrou Trump na cidade de Anchorage, Alasca, no dia 15 de agosto. Os líderes discutiram o cessar-fogo na Ucrânia e as exigências russas para chegar a um acordo de paz.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.